quinta-feira, 15 de abril de 2010

Relações Ecológicas

Dá-lhe gurizada! Achei umas fotos pra vocês terem uma ideia de como são as relações ecológicas que estudamos em sala.

Relações harmônicas

Sociedade: aqui representada por uma colmeia. Essa é uma relação harmônica (ninguém é prejudicado) intraespecífica (entre indivíduos da mesma espécie). Vejam que, embora estejam todas juntas, vocês conseguem identificar cada abelhinha individualmente. Outros exemplos são os formigueiros e os cupinzeiros. Não confundir com bandos, que são agrupamentos temporários! DICÃO DO CORAÇÃO: cuidado pra não chamarem colmeias, formigueiros e cupinzeiros de colônia! Embora a gente diga isso sempre, não está de acordo com a terminologia correta.


Colônia: o bichinho simpático ao lado é a caravela, parente das anêmonas e das águas-vivas. Embora pareça uma coisa só, na verdade a caravela é um monte de seres anatomicamente ligados e que não conseguem viver separados. Isso sim é uma colônia (relação harmônica intraespecífica)! Vejam como é diferente da colmeia acima. Outros exemplos de colônias são os corais e as "anemonêmonas".





Mutualismo: ocorre quando dois seres de espécies diferentes estão relacionados entre si, se beneficiam dessa relação e não conseguem viver separados. Os líquens (à esquerda) são um exemplo. "Mas, professora, os líquens não são uma colônia?" Não, não são. Na verdade, líquens são associações entre fungos e algas; portanto, entre espécies diferentes (interespecífica), e por isso não pode ser colônia. Temos também a associação entre bactérias do gênero Rhizobium e as plantas da família das Leguminosas (à direita); entre cupins e um protozoário que consegue quebrar a celulose da madeira, coisa que o cupim não faz, entre outros.


Protocooperação (ou mutualismo facultativo): essa se parece muito com o mutualismo, com a diferença de que os seres envolvidos podem perfeitamente viver independentes um do outro; porém, a associação traz benefícios para ambos. Por exemplo, existem aves que se alimentam dos carrapatos presos na pele de bois, girafas, hipopótamos e elefantes, entre outros. Retirar o carrapato é bom para o hospedeiro (afinal, parasitismo é uma relação desarmônica, lembram?), e com isso as aves ganham um almoço na faixa. Já no caso da anêmona e do paguro, a associação entre os dois permite que a anêmona se locomova, facilitando a captura de alimentos, e de quebra o paguro ganha um belo de um guarda-costas.


Comensalismo: olhem o significado de comensal > adj. e s.m. e f. Cada um dos que comem habitualmente à mesma mesa. O que freqüenta assiduamente uma casa e aí toma as suas refeições. Convidado para banquete ou jantar. Assim sendo, no comensalismo, um indivíduo é "convidado" a se alimentar com outro indivíduo de espécie diferente, ou seja, ele se aproveita dos restos alimentares do outro sem causar prejuízo - mas também não ajuda em nada. O exemplo clássico é o da rêmora com o tubarão.




Inquilinismo: já foi discutido aqui, mas não custa reforçar. O inquilinismo é um subtipo de comensalismo. Só que, dessa vez, não há aproveitamento de restos alimentares: um indivíduo se aloja (mora) em outro de espécie diferente, sem lhe causar prejuízo ou benefício. Na foto, uma bromélia crescendo em um tronco de árvore. Os líquens grudados nas árvores também são exemplo de inquilinismo!



Relações desarmô
nicas


Canibalismo: um ser se alimenta de indivíduos da mesma espécie. " -Mamãe, mamãe, não gosto do meu irmãozinho! - Tá bom, guri, então come só a salada" Agora falando sério... Quem tem hamster em casa provavelmente já passou por essa experiência: de noite, a gaiola cheia de filhotinhos rosados; de manhã, nenhumzinho pra contar história. Esse comportamento de comer os filhotes também é observado em peixes, com seus alevinos, e sapos, com seus girinos. OBS: a foto ao lado é montagem, ok? Antes que alguém passe mal =]



Competição intraespecífica: indivíduos da mesma espécie podem disputar uns com os outros por comida, território ou parceiro para reprodução (macho ou fêmea, conforme for o caso). É uma relação que prejudica os dois seres envolvidos - mesmo aquele que ganhou a briga vai sair com ferimentos. Ao lado, dois simpáticos hipopótamos demonstrando todo seu carinho um para o outro...


Predatismo: a mais intuitiva das relações ecológicas - um ser mata o outro para se alimentar. Essa é a relação que orienta as setinhas na teia alimentar (lembrem-se delas!!!) e, longe de ser algo negativo, é importantíssima para a manutenção do equilíbrio nos ecossistemas, pois regula o tamanho das populações. A foto mostra uma águia dourada caçando uma raposa do Ártico.



Parasitismo: também já foi explicada aqui no blog. Lembrem-se que o "bom parasita" é aquele que não mata seu hospedeiro. Sanguessugas (Hirudo medicinalis), como as da foto são, desde muito tempo, usadas para fins medicinais. Mas, normalmente, os parasitas causam vários prejuízos ao seu hospedeiro.



Competição interespecífica: é semelhante à competição intraespecífica - indivíduos de espécies diferentes também podem competir por recursos, sendo que nesse caso não há briga por parceiros para reprodução (por razões óbvias). Olha a hiena querendo comprar briga por causa da carcaça!

5 comentários:

Anônimo disse...

Adoreiiiiii,esta muito bom esse blog ñ consigo parar de olhar....

relações ecológicas esta ficando mas facil para mim


al:ana ibrahim
turma:605

Luana Q.;Luana L.; Julia S.;Cecile M. disse...

ten.,qual a diferença entre competição intraespecifica e interespecifica que mesmo estudando e olhando no blog eu ainda não entendi.
al:LUANA QUEIROZ
sl:605
prof:TEN.KEMPER

Luana Q.;Luana L.; Julia S.;Cecile M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

me ajudou bastante.
obrigada
beijos

Anônimo disse...

Adorei o blog, só fez eu me apaixonar ainda mais pela biologia..